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A par destes sintomas, é comum a existência de sentimentos como:

- Pensar em magoar-se a si ou ao bebé;

- Duvidar da sua capacidade para cuidar de si e/ou da criança;

- Distância do bebé;

- Afastamento das pessoas próximas;

- Insatisfeita/infeliz com a função materna;

- Alteração da relação com o parceiro

Os sintomas da depressão pós-parto iniciam-se normalmente nos primeiros três meses após o parto, mas podem aparecer nos 18 meses subsequentes e são muito semelhantes aos de uma depressão major. Habitualmente, duram mais do que 2 semanas e podem ser:

Sintomas

- Perda de energia e motivação;

- Alteração no apetite e no sono (aumento ou redução);

- Ansiedade e irritabilidade;

- Dificuldade de concentração, atenção e memória;

- Indecisão, inquietação;

- Sentimentos de sobrecarga, inutilidade, culpa, desespero, vergonha ou fracasso;

- Choro fácil e persistente sem motivo aparente;

- Falta de ligação ao bebé (desinteresse ou ansiedade exagerada pelo seu estado de saúde);

- Tristeza prolongada (mais de duas semanas);

- Incapacidade ou desinteresse em realizar tarefas do dia a dia;

- Baixa autoestima e perda de confiança;

- Labilidade emocional;

- Perda do interesse sexual;

- Fadiga, principalmente envolvendo os cuidados com a criança.

A depressão pós-parto causa enorme sofrimento psicológico e
confusão à mulher, podendo afetar o vínculo afetivo com o bebé e perturbar o seu desenvolvimento.
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Consequências

A depressão pós-parto tem consequências a nível não só da relação entre mãe e filho, bem como da relação conjugal. As mães afetadas não conseguem funcionar adequadamente. Como resultado, o crescimento e o desenvolvimento das crianças também podem ser afetados negativamente.

- A mãe com depressão pode deixar de se alimentar adequadamente, tomar banho ou cuidar de si mesma de outras formas, aumentando os riscos de problemas de saúde

- Criança fica mais suscetível a apresentar problemas comportamentais

- Perturbação do desenvolvimento neurológico, cognitivo, psicológico e motor

- Perceção negativa sobre os comportamentos do bebé

- Dificulta o apego mãe-bebé, a amamentação e os cuidados com o bebé

- Ansiedade sobre a saúde do bebé

- Distanciamento emocional, alheamento e falta de estimulação, relativamente ao bebé

- Diminuição da atenção, sensibilidade e empatia para com o bebé

- Diminuição da resposta afetiva, atividade e espontaneidade da mãe para o bebé

- Não adesão ao seguimento do programa de vigilância infantil ou vacinação

- Procura excessiva dos cuidados de saúde

- Suicídio e infanticídio no pós-parto são consequências graves, porém raras

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